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IPT realiza estudos para produção de superímãs em Araxá

23 de agosto de 2016

Com a fabricação dos super ímãs, prevista para acontecer em três anos, serão gerados empregos para a cidade, além de atrair escolas de pesquisas e empresas do setor

O município de Araxá, em Minas Gerais, poderá ser o pioneiro na produção de super ímãs de terras-raras. Estudos estão sendo feitos pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) com o apoio de outras entidades, por meio do financiamento da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig).
 
Com a fabricação dos super ímãs, prevista para acontecer em três anos, serão gerados empregos para a cidade, além de atrair escolas de pesquisas e empresas do setor.
 
Segundo o responsável pelo Laboratório de Processos Metalúrgicos do IPT, João Batista Ferreira Neto, o super ímã não é produzido no Brasil. "Existe conhecimento de obtenção do super ímã em universidades, mas não em cadeia industrial, então esse super ímã que é usado principalmente em turbinas eólicas precisa ser importado", disse.
 
A produção do material é feita a partir do óxido de didímio, um dos metais conhecidos como terras-raras, ressaltou Neto. "Na cadeia de produção dos super ímãs temos o minério concentrado, os óxidos, o metal e o ímã propriamente dito. A CBMM [Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração] já tem uma fase de concentração desse material desenvolvida e de separação também, então coube ao IPT a obtenção do metal a partir desse óxido. A próxima fase seria a obtenção da liga que dá origem ao ímã. Já estamos em entendimento com a empresa e outros parceiros para desenvolver a cadeia completa", afirmou.
 
O Notícias de Mineração Brasil (NMB) entrou em contato com a CBMM nesta segunda-feira (22) para saber mais detalhes do empreendimento, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
 
Além do IPT, também trabalham no desenvolvimento da tecnologia a Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi), a Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
 
De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Parcerias, Geraldo Lima Júnior, as terras-raras são encontradas no rejeito da produção de nióbio da Companhia CBMM. "Araxá tem uma das maiores reservas desses elementos em todo o país. As terras-raras são compostas por 17 elementos e um deles foi separado por meio de estudos, sendo a matéria prima para fabricar o super ímã”, declarou.
 
“Os super ímãs possuem o triplo do poder de atração comparado ao ímã convencional e atualmente é desenvolvido apenas na China. O material é usado principalmente na fabricação de geradores de turbinas eólicas, além disso, pode ser usado para fabricação de veículos elétricos e híbridos, drives de disco rígido, amplificadores de áudios, motores industriais, ressonância magnética por imagem e celulares, entre outras tecnologias”, disse Júnior.
 
Em fevereiro deste ano, a Codemig afirmou que a fábrica de super ímãs terá capacidade anual de 100 toneladas por ano. O custo estimado do empreendimento é de R$ 80 milhões, segundo a companhia.
 
 
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